quarta-feira, 19 de outubro de 2016

E assim passou um ano...

Vida que me pedes mais do que consigo...


Vida que não paras, mas devias parar e voltar atrás... por mais um minuto que seja.
Faz amanhã um ano que tudo começou...
Faz um ano que a minha vida mudou, e que me confrontei com o diagnóstico do meu filho.
Hoje não há forças para nada...
Há dias que me questiono a mim própria se serei capaz de viver assim, literalmente "amputada" ...

As memorias teimam em andar aqui, as saudades essas só aumentam.
E a vida? Essa não pára.
A cabeça dói, a barriga dói, o estômago não pára... É mesmo verdade que o corpo fala, e o meu não se cala.
O meu grita de Saudades, grita de medo e angustia.
O meu não tem energia.

Como se vive sem ver um filho crescer?

Quero lutar pela vida assim como o meu filho lutou... Não quero desistir, não quero parar, não quero que a dor me defina.
Vida, deixa-me definir eu a minha dor.
Vida, deixa os meus olhos rirem novamente...
Deixa o meu coração Amar sem medo, e caminhar nesta realidade que é a minha.

Há uma coisa que nunca mais fiz da mesma forma e que fazia constantemente, não fosse eu a pessoa mais vaidosa que conhecia: ver-me ao espelho!
Hoje vejo, olho para mim mas desvio o olhar, talvez com medo de ver a minha alma, talvez.
Ou talvez com medo das memórias que o meu corpo me trás.

Hoje, amanhã e sempre terei saudades...
Hoje, amanhã e sempre vou sentir a tua falta.

Um beijinho na tua alma com muito muito amor,
A tua mamã. A mãe do Duarte